Após casos de mortes por metanol em São Paulo, uma dúvida ganhou espaço entre consumidores: será que cerveja e vinho também podem ser adulterados? Pelo menos cinco pessoas morreram após ingerir destilados contaminados, como gin, uísque e vodca, vendidos irregularmente em estabelecimentos.
O metanol, usado indevidamente para baratear a produção, é uma substância tóxica capaz de causar danos neurológicos, cegueira e até morte. Ele surge em bebidas alcoólicas de duas formas: naturalmente, durante a destilação mal feita, ou de modo criminoso, quando é adicionado intencionalmente em substituição ao etanol. Destilados de fabricação caseira são os mais vulneráveis, especialmente em ambientes sem controle sanitário.
No entanto, bebidas fermentadas como o vinho e a cerveja são consideradas seguras. No vinho, o metanol aparece em pequenas quantidades devido à fermentação das cascas das uvas, mas dentro dos limites permitidos por lei. Já na cerveja, o processo com cereais como cevada não gera o composto em níveis significativos.
Mesmo assim, autoridades reforçam que nenhuma bebida está completamente livre de risco caso haja adulteração intencional. Consumidores devem priorizar marcas reconhecidas, evitar produtos de origem duvidosa e observar rótulos e lacres para garantir sua segurança.



