O general Augusto Heleno, preso após determinação do ministro Alexandre de Moraes para execução da pena por participação na trama golpista que tentou reverter o resultado das eleições de 2022, informou ao Exército ser portador de Alzheimer desde 2018. A declaração aparece em relatório médico produzido nesta terça-feira (25/11) durante procedimento no Comando Militar do Planalto, em Brasília, que avaliou seu estado geral de saúde e integridade física. No exame, o militar de 78 anos relatou perda de memória recente, prisão de ventre e hipertensão, condições tratadas com múltiplos medicamentos.
Segundo o documento, Heleno já convivia com a doença neurodegenerativa enquanto ocupava o cargo de ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) ao longo dos quatro anos do governo Jair Bolsonaro. Condenado a 21 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ele cumpre pena ao lado do também general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, igualmente sentenciado por participação na tentativa de subverter o processo eleitoral. Ambos estão em celas reservadas dentro das instalações do Comando Militar do Planalto.
Em nota, o Centro de Comunicação Social do Exército confirmou que os dois oficiais-generais foram conduzidos ao local na tarde de terça-feira e permanecem sob custódia da instituição. A corporação informou que a rotina seguirá as normas previstas para militares detidos, em celas equipadas com cama, banheiro e ar-condicionado. Caso haja autorização judicial, os espaços poderão receber ainda televisão e frigobar.



