O futebol argentino está de luto. Morreu nesta quarta-feira (8), aos 69 anos, Miguel Ángel Russo, técnico histórico do Boca Juniors e campeão da Copa Libertadores de 2007. O clube confirmou a informação nas redes sociais, destacando que “Miguel deixa uma marca indelével em nossa instituição e sempre será um exemplo de alegria, cordialidade e esforço”. Russo vinha enfrentando complicações de um câncer diagnosticado em 2017, durante sua passagem pelo Millonarios, da Colômbia, e havia se afastado gradualmente das atividades desde setembro devido ao agravamento de seu estado de saúde.
Nascido em Valentín Alsina em 1956, Russo foi um dos raros “one-club men” do futebol argentino, defendendo apenas o Estudiantes de La Plata entre 1975 e 1988, com o qual conquistou dois títulos nacionais. Após encerrar a carreira como jogador, iniciou sua trajetória como técnico no Lanús, em 1989, e construiu um currículo sólido, com passagens por 16 equipes ao longo de 36 anos de carreira. Seu auge veio em 2007, ao levar o Boca Juniors à conquista da Libertadores, com um elenco que tinha Riquelme, Palermo e Palacio como destaques.
Na sua segunda passagem pelo Boca, entre 2020 e 2021, Russo voltou a erguer taças, conquistando a Superliga Argentina, a Copa Diego Maradona e a Copa Argentina. Em 2025, retornou ao clube a pedido do presidente e ídolo Juan Román Riquelme, com quem manteve relação próxima até seus últimos dias. Sua última aparição pública foi em 23 de setembro, durante um treino do Boca, quando foi homenageado pelos jogadores e pela diretoria.



