Um e-mail com ameaças de morte contra os deputados estaduais Luciana Genro (PSOL) e Adão Pretto (PT), além de todos os integrantes da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos (CCDH) da Assembleia Legislativa, causou preocupação entre servidores e parlamentares nesta quarta-feira (5). A mensagem, enviada na noite anterior, traz conteúdos de extrema violência e teor misógino.
Os deputados registraram ocorrência na Delegacia de Polícia Civil e aguardam o andamento das investigações. Entre as ameaças, o autor descreve de forma cruel a execução da deputada Luciana Genro, afirmando que ela deveria ser “silenciada com um tiro” e “executada em público”. Destacou a sensação de impunidade que permite que esse tipo de crime seja cometido de forma tão aberta.
“Não me surpreende que a mesma pessoa que nos ameaça direcione seu ódio à negritude, aos nordestinos e à população LGBTQIA+. Essa é a postura esperada da extrema-direita: atacar a diversidade e os defensores dos direitos do povo mais pobre. Não admitiremos a impunidade de um marginal que se esconde atrás de um computador”, afirmou a deputada.
O parlamentar Adão Pretto, presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos, também foi alvo de ofensas racistas, sendo acusado de “traição da própria raça” e ameaçado de um “fim lento e cruel”. “A internet não é uma terra sem lei. Não aceitaremos que nenhum parlamentar, ou qualquer pessoa, seja alvo desse tipo de violência. Esse é o discurso do ódio, o discurso da extrema-direita”, finalizou o deputado.



