A defesa de Eliza Carvalho, acusada de matar a própria filha, Isabelly Brezolin, de 11 anos, em São Gabriel (RS), solicitou à Justiça um exame de sanidade mental para avaliar o estado psicológico da ré. O pedido resultou na suspensão da primeira audiência do caso, que estava marcada para terça-feira (4), no Fórum do município.
De acordo com os advogados Rebeca Canabarro e Andrei Nobre, o exame busca garantir um julgamento justo e compatível com a realidade emocional e médica da acusada. Em nota, a defesa afirmou que a medida tem como objetivo verificar se, no momento do crime, Eliza possuía plena capacidade de compreensão e autodeterminação, condição essencial para eventual responsabilização penal.
O comunicado também menciona que Eliza enfrenta intenso sofrimento emocional desde a morte da filha e que vive atualmente ao lado do companheiro, pai de Isabelly, no mesmo lar onde a tragédia ocorreu. A defesa ressalta ainda que a ré não pôde comparecer ao velório e sepultamento da menina, o que agravou seu estado psicológico.
A juíza Liz Grachten acolheu o pedido e determinou a instauração de incidente de insanidade mental, suspendendo o processo até a conclusão da perícia. Inicialmente, o adiamento havia sido atribuído a uma falha no sistema do Tribunal de Justiça do RS (TJRS), mas posteriormente confirmou-se o motivo judicial.
A audiência suspensa ouviria testemunhas de acusação, e tanto Eliza quanto o pai da vítima, José Lindomar Nunes Brezzolin, de 55 anos, serão ouvidos em uma nova data, ainda não definida pela Justiça.
O exame de sanidade mental, se confirmar inimputabilidade, poderá afastar a possibilidade de pena de prisão, levando a medidas alternativas como tratamento psiquiátrico em instituição especializada.



