Polícia investiga transportadora de Canoas suspeita de movimentar drogas de sete estados para o RS
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Foto: Policia Civil/Divulgação/Ilustrativa

Polícia investiga transportadora de Canoas suspeita de movimentar drogas de sete estados para o RS

Operação cumpre mais de 150 ordens judiciais e prende 42 pessoas, incluindo o proprietário da empresa

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Uma operação deflagrada pela Polícia Civil na manhã desta quinta-feira (27) apura o uso de uma empresa de logística de Canoas para o transporte de drogas provenientes de, pelo menos, sete estados brasileiros com destino ao Rio Grande do Sul. A corporação não divulgou o nome da transportadora investigada.

Segundo a polícia, 42 pessoas foram presas até o momento. Entre elas estão o dono da empresa e o filho dele, que já estava recolhido em uma casa prisional. Durante as diligências, os agentes apreenderam cerca de R$ 100 mil, armas e porções de entorpecentes.

As investigações se estenderam por um ano e revelaram também a comercialização de laudos toxicológicos falsos para caminhoneiros envolvidos no esquema criminoso.

No total, foram emitidas 153 ordens judiciais, incluindo 53 prisões preventivas, bloqueio de 54 contas bancárias, sequestro de dois imóveis e de oito veículos de luxo, entre eles modelos da marca Porsche. O montante bloqueado ultrapassa R$ 39 milhões, sendo aproximadamente R$ 1,5 milhão apenas em bens como carros e propriedades.

As buscas ocorrem em 15 cidades distribuídas entre Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rondônia, São Paulo e Bahia. Entre os municípios envolvidos estão Porto Alegre, Canoas, Caxias do Sul, Santo Antônio da Patrulha, Taquara, Cachoeirinha, Charqueadas, Alvorada, Arroio do Meio, Jaraguá do Sul, Camboriú, São José, Rio de Janeiro, Porto Velho e Salinas.

Conforme os delegados Adriano Nonnenmacher e Rafael Liedtke, a estrutura investigada era responsável por grande parte da distribuição de maconha no estado. Durante o trabalho policial, mais de cinco toneladas do entorpecente foram apreendidas.

Os alvos das prisões incluem o suposto líder da organização, que controlaria o fluxo logístico e financeiro, além de gerentes, intermediários e pessoas usadas como laranjas. Há ainda indivíduos identificados como assaltantes a banco, homicidas e integrantes de facções gaúchas, o que, segundo a investigação, demonstra uma espécie de consórcio criminal para financiar operações e ocultar lucros ilícitos.

Para mascarar a origem do dinheiro, o grupo investia em veículos de alto padrão, imóveis e empresas de fachada, além de movimentar quantias por contas de terceiros e remeter valores para outros estados.

De acordo com os delegados, chama atenção o recrutamento de pessoas com antecedentes graves, como tráfico, homicídios e roubos, estratégia usada para tentar driblar a fiscalização.

Com informações: GZH

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