Professor da FMP é indiciado por crimes sexuais após investigação que ouviu 18 mulheres
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Foto: Freepik

Professor da FMP é indiciado por crimes sexuais após investigação que ouviu 18 mulheres

Docente ficou preso temporariamente e segue sob medidas cautelares enquanto Ministério Público analisa o caso

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A Polícia Civil concluiu o inquérito que investigava o advogado e professor acusado de praticar abusos sexuais contra alunas da Fundação Escola Superior do Ministério Público (FMP) ao longo de um período que se estenderia de 2013 a 2025. Com o indiciamento, o caso agora será encaminhado ao Ministério Público, responsável por decidir se apresentará denúncia à Justiça. Caso a denúncia seja aceita, o investigado passa à condição de réu.

O professor chegou a ficar preso temporariamente entre 26 de setembro e 22 de outubro, sendo posteriormente liberado mediante o uso de tornozeleira eletrônica, comparecimento periódico ao Judiciário e proibição de contato com vítimas e testemunhas. Ao todo, 18 mulheres relataram ter sido vítimas, e outras 16 pessoas foram ouvidas como testemunhas. A investigação incluiu perícias, exames e a apreensão de computadores e outros materiais no apartamento do indiciado — apontado como o principal local dos fatos descritos pelas denunciantes. Segundo a delegada Fernanda Campos, os relatos envolvem violência psicológica, estupros e agressões durante atos sexuais.

O inquérito tramita sob sigilo, e por isso não foram divulgados detalhes adicionais. O professor nega todas as acusações.

Desligamento da instituição e repercussão

No início das apurações, a FMP informou a demissão do docente, afirmando que a medida foi tomada em caráter administrativo e sem manifestação sobre eventuais responsabilidades criminais. A OAB-RS também abriu um processo ético-disciplinar para avaliar a conduta do profissional e declarou preocupação com os relatos apresentados pelas ex-alunas.

A prisão do professor ocorreu em 26 de setembro, em Porto Alegre, após diligências conduzidas pela Delegacia da Mulher a partir das denúncias feitas por estudantes que afirmam ter sido vítimas desde 2013.

Nas redes sociais, o investigado reiterou que considera as acusações infundadas e afirmou confiar no andamento das investigações. Ele declarou que respeitará o sigilo do processo e destacou a importância do contraditório e da presunção de inocência, afirmando repudiar qualquer forma de violência contra mulheres.

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