A Polícia Civil do Rio Grande do Sul apresentou, nesta terça-feira (16), avanços nas investigações do crime que ficou conhecido como “caso da mala”, em Porto Alegre. O principal suspeito é o publicitário Ricardo Jardim, de 65 anos, preso no início de setembro, acusado de matar e esquartejar a companheira, Brasília Costa, também de 65 anos. Partes do corpo da vítima foram abandonadas em diferentes locais da capital.
Segundo o Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Ricardo teria guardado o cadáver em uma geladeira da pousada onde estava hospedado com a vítima antes de iniciar o processo de desmembramento. A apuração indica que ele comprou ferramentas e materiais para o crime, incluindo uma mala, utilizada posteriormente para transportar parte do corpo até a rodoviária da cidade.
Os investigadores afirmam que o acusado tomou diversas precauções para dificultar o trabalho da polícia. Ele teria utilizado dinheiro nas compras, criado perfis falsos em redes sociais e recorrido a três celulares para monitorar a repercussão do caso. No histórico de buscas, a perícia identificou pesquisas relacionadas a identificação de digitais, DNA e técnicas de esquartejamento. Há indícios de que parte do conhecimento adquirido tenha vindo de contatos na prisão.
O suspeito já havia sido condenado em 2018 a 28 anos de reclusão pelo assassinato da mãe, crime cometido de forma igualmente brutal. Beneficiado pela progressão de regime, deixou o presídio em janeiro deste ano, mas acabou se tornando foragido. A polícia ainda espera laudos periciais para esclarecer a causa da morte de Brasília e prossegue nas buscas por restos mortais que não foram localizados, fundamentais para a conclusão do inquérito.



