O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRS) apresentou denúncia contra 18 pessoas acusadas de integrar uma organização criminosa responsável por fraudes em licitações e lavagem de R$ 6,7 milhões. O caso foi revelado pela Operação Cartas Marcadas, deflagrada em novembro de 2023, em parceria com a Procuradoria da Função Penal Originária (PFPO) e o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).
O principal alvo era uma empresa catarinense que fornecia a prefeituras um “pacote completo” de licitação, incluindo editais, termos de referência e até respostas a impugnações, com o objetivo de direcionar certames e garantir contratos milionários. A denúncia foi formalizada em 10 de setembro pelo promotor de Justiça Manoel Figueiredo Antunes, coordenador do 5º Núcleo Regional do GAECO – Serra.
Segundo o Ministério Público, já foram instauradas 74 novas investigações em razão de indícios de atuação do grupo em diversos municípios do Rio Grande do Sul e de outros estados. As provas reunidas incluem interceptações telefônicas, quebras telemáticas, diligências e análise de documentos apreendidos.
Foram confirmadas fraudes em Arroio do Tigre, Candelária, Sapiranga, Bento Gonçalves, Santana do Livramento e Sapucaia do Sul, além de indícios de irregularidades em mais de 70 municípios gaúchos. O MPRS também pediu a fixação de valor mínimo para reparação dos danos e o compartilhamento das provas com os Ministérios Públicos de Santa Catarina, Paraná e Minas Gerais.
Com informações MPRS



