A Comissão de Cidadania e Direitos Humanos (CCDH) da Assembleia Legislativa recebeu nesta quarta-feira (17) o depoimento do indígena Silvério Ribeiro, que afirmou ter sido vítima de agressões por parte de policiais militares em Canela, na Serra Gaúcha. O caso, ocorrido em 25 de agosto, ganhou repercussão nacional e está sendo acompanhado pelo Ministério Público Estadual e pelo Ministério Público Federal.
Segundo o relato do cacique Alexander Ribeiro, famílias kaingangs de Farroupilha foram alvo de repressão quando comercializavam artesanato próximo à Catedral de Pedra, ponto turístico da cidade. Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra o momento em que Silvério é derrubado, algemado e atingido com golpes por agentes do pelotão de choque da Brigada Militar.
Durante a reunião, Silvério relatou que sofreu ameaças de morte e foi chamado de “inseto” enquanto estava imobilizado. Ele pediu apoio dos deputados para garantir a permanência da venda de artesanato, atividade considerada a principal fonte de renda da comunidade indígena.
A deputada Luciana Genro (PSOL) afirmou que o episódio representa violência física, psicológica e institucional, além de traços de racismo. Como encaminhamento, a comissão solicitou esclarecimentos à prefeitura de Canela e à Brigada Militar sobre as medidas adotadas após a denúncia.
ALRS.



