A Polícia Civil prendeu quatro mulheres nesta sexta-feira (24) sob suspeita de manter uma mulher de 30 anos em cárcere privado e submetê-la a tortura por cinco meses. A vítima foi resgatada de uma casa noturna em Vista Alegre do Prata, no Rio Grande do Sul.
As detidas, com idades de 45, 32 e duas de 31 anos, incluem as proprietárias do estabelecimento e duas funcionárias. A investigação, coordenada pela delegada Liliane Pasternak Kramm, apurou que a motivação do crime teria partido de um alerta de uma “entidade religiosa”. Segundo relatos, durante incorporações espirituais realizadas no local, uma das sócias recebeu a informação de que a vítima estaria planejando assassinar as donas da boate.
A vítima, que trabalhava no local há dois anos, foi libertada e precisou ficar 14 dias internada antes de ser enviada para sua família em uma cidade do Nordeste. De acordo com as investigações, além de ser torturada e mantida em cárcere, ela continuava sendo obrigada a trabalhar como garota de programa sem receber pelos serviços.
Registros dos maus-tratos foram encontrados em mídias apreendidas de celulares. A polícia também solicitou o cancelamento do alvará do estabelecimento e determinou o recolhimento de cachorros que estariam em condições inadequadas no local. As suspeitas foram encaminhadas ao Presídio Estadual de Nova Prata e o inquérito segue em andamento.
Com informações: GZH



