Uma nova tendência que se espalha pelas redes sociais tem gerado preocupação entre especialistas. Vídeos marcados com as hashtags #AntiSunscreen e #NoSunscreen — que somam mais de 18 milhões de visualizações no TikTok — incentivam principalmente jovens da geração Z a substituir o protetor solar por produtos naturais, como óleos e manteigas vegetais, ou até abandonar totalmente o uso.
A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e a SBD-RS alertam que o movimento ignora evidências científicas sobre os riscos da exposição solar sem proteção. Segundo o presidente da SBD-RS, Dr. Juliano Peruzzo, o sol é o principal responsável por envelhecimento precoce, queimaduras e pelo aumento do risco de câncer da pele.
No Brasil, onde a radiação é intensa durante todo o ano, o tema exige ainda mais atenção. Dados da SBD mostram que o câncer da pele representa cerca de 30% dos tumores malignos diagnosticados no país. A exposição sem proteção aumenta as chances de queimaduras e danos cumulativos na pele, que podem levar a mutações ao longo dos anos.
A SBD-RS destaca que o filtro solar é seguro e eficaz, prevenindo lesões pré-malignas, câncer de pele e fotoenvelhecimento. Já produtos naturais e caseiros não bloqueiam a radiação ultravioleta e podem até agravar queimaduras.
Para quem busca alternativas mais naturais, Peruzzo recomenda o uso de barreiras físicas, como chapéus, roupas, óculos escuros, além de evitar horários de maior intensidade solar. A vitamina D, afirma, deve ser obtida de forma equilibrada e sempre com orientação profissional.
A entidade reforça que informações confiáveis precisam prevalecer sobre tendências virais, já que práticas inadequadas podem gerar consequências graves e permanentes para a saúde.
*Com a informação SBD-RS



