Quadrilha gaúcha teria feito mais de 10 mil vítimas no golpe do bilhete premiado
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Foto: Agência Brasil

Quadrilha gaúcha teria feito mais de 10 mil vítimas no golpe do bilhete premiado

Alguns criminosos que era envolvidos com tráfico de drogas e roubos migraram para o crime do bilhete em razão da lucratividade

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Uma quadrilha que funciona no Norte do Rio Grande do Sul já teria feito mais de 10 mil vítimas no chamado “golpe do bilhete”. O esquema, que já dura cerca de 30 anos, cresceu após a migração de pessoas envolvidas com o tráfico de drogas para a organização dos golpes, conhecidos pela lucratividade e pela impunidade.

O delegado Diogo Ferreira, responsável pela investigação do crime na região, afirma que muitas das vítimas – que, em sua maioria, são idosas – sequer denunciam o crime por se sentirem envergonhadas. “A cifra negra no estelionato do crime do bilhete é gigante, mais da metade das vítimas não procuram a Polícia por vergonha. A maioria das vítimas são idosos, e eles nem falam para seus filhos ou companheiros por vergonha, porque é um golpe antigo, é conhecido nacionalmente. Todo mundo conhece alguém que já caiu e isso gera uma vergonha interior”, explica.
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A longevidade do negócio faz com que algumas das pessoas que lideravam o esquema já tenham, até mesmo, morrido. Entretanto, o homem considerado como o principal organizador do golpe do bilhete no norte do estado gaúcho permanece sob a condição de procurado.

Ainda conforme o delegado Diogo Ferreira, pelo menos 160 envolvidos já tiveram a identidade descoberta. As autoridades estimam que o número de membros da quadrilha ultrapasse a casa dos 500. “Alguns criminosos que era envolvidos com tráfico de drogas e roubos migraram para o crime do bilhete em razão da lucratividade e da não prisão. Isso foi juntando cada vez mais pessoas, hoje tem um número de 500 a 600 clubes do bilhete que atuam no Brasil em todas as regiões”, relata. O golpe do bilhete premiado funciona a partir da transferência de dinheiro para os criminosos em troca de um prêmio que, na verdade, não existe. A última operação policial contra o crime prendeu duas pessoas, acusadas de terem causado prejuízo na casa dos R$50 milhões. (Aristóteles Júnior | Band)

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