Crise econômica é apontada como fator determinante para o fechamento de duas fábricas no Rio Grande do Sul
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Foto: Deca/Divulgação

Crise econômica é apontada como fator determinante para o fechamento de duas fábricas no Rio Grande do Sul

Cerca de 500 pessoas perderam o emprego por conta do encerramento das atividades nas unidades

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O fechamento das fábricas da Deca, em São Leopoldo, na Região Metropolitana de Porto Alegre, e da Nestlé, em Palmeira das Missões, no Noroeste do estado gaúcho, provocou a demissão de quase 500 pessoas. As duas unidades encerraram as atividades na mesma data.

O impacto maior foi provocado pelo desmonte do local usado para a fabricação de louças nas proximidades da Capital Gaúcha, onde mais de 450 pessoas ainda tinham vínculo de carteira assinada. Em comunicado, a Deca afirmou que o fechamento é “importante para manter a competitividade no segmento”.

O prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi, relata que os diretores da empresa visitaram os gestores públicos antes do anúncio. A lentidão do processo de recuperação econômica no Brasil foi apontada como o principal motivo para a desistência no negócio, já que os investimentos feitos na região não estariam dando o retorno esperado.

“A justificativa é de que, efetivamente, a empresa preparou a sua empresa para um país que não veio. Investiram muito para a produção, achando que faria ter um crescimento econômico, como esse crescimento não veio, eles têm que fechar algumas unidades. Tecnicamente, a unidade que tinha condições par fechar era a de São Leopoldo. São fatores econômicos que levaram a empresa a tomar essa decisão. É muito triste para a cidade e para a região, principalmente pelo fato dos trabalhadores ficarem desempregados”.
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Já em Palmeira das Missões, onde dezoito pessoas ficaram desempregadas, o problema foi a competição entre o polo da cidade e a unidade localizada em Carazinho, também na Região Noroeste do Rio Grande do Sul. O prefeito Eduardo Russomano afirma que o projeto inicial da fábrica nunca chegou a ser executado por completo.

“A gente considera que o fator determinante para a alta de investimento, é que aproximadamente oito anos atrás, a Nestlé acabou adquirindo a unidade da antiga Parmalat, em Carazinho, e ali já tinha uma unidade pronta para a industrialização, há menos de 100 km da unidade de Palmeira. Isso acabou travando os investimentos em Palmeira e focando em Carazinho. Eles sempre afirmando que estava no planejamento, mas que era um momento de crise, só que, na verdade, não concorreu”.

A Nestlé já vinha reduzindo drasticamente o número de funcionários da fábrica que acabou sendo definitivamente fechada. A expectativa do Poder Executivo do município onde a unidade estava instalada é de que sejam negociadas possíveis compensações para a quebra do acordo entre as partes. (Aristóteles Júnior | Band)

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