Deputados alertam que 1,3 milhão de gaúchos ficarão sem renda a partir de dezembro
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Deputados alertam que 1,3 milhão de gaúchos ficarão sem renda a partir de dezembro

Parlamentares dizem que novo benefício exclui a maioria da população que precisa de renda mínima

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Do Sul21

A partir de dezembro, quase 1,3 milhão de gaúchos ficarão sem renda no Rio Grande do Sul. Em Porto Alegre, das 213 mil pessoas que recebiam o Auxílio Emergencial, apenas 50 mil passarão a receber o Auxílio Brasil. Os dados foram divulgados pelo líder da bancada do PT na Câmara Federal, deputado Elvino Bohn Gass, e o líder da bancada do PT na Assembleia Legislativa, deputado Pepe Vargas.

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Os parlamentares apontam que, conforme os números oficiais, quase 1,7 milhão de gaúchos, nos 497 municípios do RS, vinham recebendo o Auxílio Emergencial.

“O governo Bolsonaro decretou o fim deste benefício e também destruiu o Bolsa Família. Assim, a única forma de acesso à renda mínima para as famílias mais pobres do país passou a ser o Auxílio Brasil, criado pelo governo Bolsonaro para substituir todas ações sociais anteriores. O problema é que este novo programa deixou a maioria da população que precisa de renda mínima de fora, e só vai garantir o benefício a 395.143 pessoas no Estado”, afirmam.

Bohn Gass questiona o que acontecerá com 1,2 milhão de pessoas que, até o mês passado, só conseguiam comprar alimento porque estavam recebendo o benefício emergencial. “O que veremos no Rio Grande, a partir de agora, é um aumento da miséria. Mais moradores de rua, mais violência e mais gente adoecendo e morrendo de fome”, afirma.

Para o líder da bancada estadual do PT na Assembleia Legislativa, há evidente contradição no novo programa do governo federal. “Em vez de diminuir a miséria e a fome, o governo Bolsonaro está aumentando o número de pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional”, critica Pepe Vargas.

Ambos argumentam que o PT tem propostas para garantir renda mínima à população vulnerável. Na Câmara Federal, o partido apresentou o PL 4086/2020, que cria o Mais Bolsa Família e prevê um benefício de R$ 600 reais. O projeto ainda não foi votado.

No Parlamento gaúcho, como complemento ao extinto Bolsa Família, a bancada petista propôs a destinação de R$ 81,6 milhões do Orçamento do Estado para um programa mensal de apoio às famílias em situação de extrema pobreza. A proposta, todavia, foi rejeitada na Comissão de Finanças pela base do governo de Eduardo Leite (PSDB).

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