Potes de tempero abrigam mais bactérias que tampas de lixo, alertam cientistas
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Foto: Diana Polekhina | Unsplash

Potes de tempero abrigam mais bactérias que tampas de lixo, alertam cientistas

Cientistas fizeram um experimento em cozinhas para verificar o nível de contaminação: em primeiro lugar, ficaram os potes de tempero. Em segundo, as tábuas

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Em um estudo publicado recentemente na revista científica Journal of Food Protection, uma equipe de pesquisadores levantou um alerta preocupante: potes de tempero podem conter mais bactérias do que tampas de lixo. Os autores do estudo descobriram que quase metade dos recipientes de especiarias havia sido contaminada com um patógeno, taxa maior do que a quantidade de germes presentes em tábuas de corte e nas tampas das lixeiras.

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Segundo o estudo, esses recipientes comuns de cozinha representam um risco maior de contaminação bacteriana. “Nossa pesquisa mostra que qualquer recipiente de tempero que você toca ao preparar carne crua pode ser contaminado. Você vai querer estar consciente disso durante ou após a preparação das refeições”, consta no artigo.

Os pesquisadores observam que doenças transmitidas por bactérias nos alimentos, como a salmonela , contribuem para quase dois milhões de infecções a cada ano apenas nos Estados Unidos (onde foi conduzido o estudo). Um grande número desses casos se origina entre produtos como carne bovina, frango, porco, peru e caça selvagem.

A equipe diz que procedimentos adequados de manipulação de alimentos, tempos de cozimento adequados, lavagem constante das mãos e higienização das superfícies e utensílios da cozinha podem impedir a propagação de bactérias de alimentos crus.

No experimento, os cientistas analisaram a situação dos utensílios de cozinha e dos recipientes de tempero após 371 participantes cozinharem. Para simular o movimento de patógenos em uma cozinha ativa, a equipe inoculou a carne com um bacteriófago (vírus que infecta bactérias, mas não representa uma ameaça para os seres humanos) chamado “MS2”.

Isso permitiu que os pesquisadores rastreassem com segurança a contaminação sem colocar os cozinheiros em perigo. Uma vez que cada participante terminou de cozinhar sua refeição, a equipe fez uma limpeza em todos os utensílios de cozinha e superfícies.

Os resultados mostram que 48% dos potes de tempero apresentaram evidências de contaminação por MS2. Tábuas de carne ficaram em segundo lugar e tampas de latas de lixo em terceiro, em termos de contaminação. Os puxadores das torneiras apresentaram a menor quantidade de contaminação durante o preparo da refeição. (Terra)

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