Estudante é estuprada e morta durante festa de calouros
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Foto: Divulgação/UFPI

Estudante é estuprada e morta durante festa de calouros

A jovem teve o pescoço quebrado e chegou morta ao hospital

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Janaína da Silva Bezerra, de 22 anos, morreu após ser estuprada em uma calourada na Universidade Federal do Piauí (UFPI), realizada na sexta-feira, 27. Ela era estudante segundo ano do curso de jornalismo na instituição.

O suspeito do crime foi detido e também é estudante da UFPI. Segundo o delegado, ele afirmou que tiveram uma relação sexual consensual e a vítima teria “passado mal”.

O laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) confirmou violência sexual.

“Os ferimentos indicam um homicídio qualificado, um crime hediondo, em que o feminicídio pode ser apenas uma das qualificadoras”, disse o delegado Francisco Costa, coordenador do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), ao G1.

A UFPI informou que não havia autorizado a festa e que está colaborando com as investigações.

Leia a nota da UFPI sobre o caso:

Face às informações divulgadas hoje (29) pelo Instituto de Medicina Legal de Teresina (IML) e Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), com manifestações das autoridades competentes, a Universidade Federal do Piauí (UFPI) externa, com profunda indignação, repúdio acerca da violência cometida contra a aluna Janaina da Silva Bezerra, que também agride cada uma das mulheres que integram a comunidade ufpiana, bem como todos que hoje se colocam no lugar de fala de uma delas.
Falar por JANAINA é não aceitar nenhum tipo de agressão contra mulheres, é trabalhar para que a luta contra essa violência resulte na mudança do cenário de cultura machista em que se baseiam tais atitudes.
Falar por Janaina é não aceitar que a força de um corpo masculino prevaleça sobre um corpo feminino.
Falar por Janaina é não se acovardar diante de atos de violência de qualquer natureza.
Falar por Janaina é defender o respeito às mulheres e fomentar sua ampla inclusão nos espaços sociais, com reflexos nas áreas de ensino, pesquisa e extensão no País.
Falar por Janaina é prestar solidariedade à sua família e também a cada pai e mãe que perde uma filha por circunstâncias semelhantes.
Falar por Janaina é exigir a punição do crime com o rigor da lei.
Falar por Janaina é dizer não ao FEMINICÍDIO e ansiar por JUSTIÇA!
A UFPI fala e falará por Janaina com vozes, ações e atitudes!

Leia a nota do IML sobre o caso:

O Instituto de Medicina Legal do Piauí emitiu a Declaração de Óbito de Janaína da Silva Bezerra, estudante morta nesse sábado no prédio da Universidade Federal do Piauí, em Teresina. A causa da morte aponta para trauma raquimedular por ação contundente, ou seja, houve uma contusão na coluna vertebral a nível cervical, o que causou lesão da medula espinhal e a morte.

Segundo a legista, a ação contundente pode ter sido causada por pancada, torcendo a coluna vertebral ou traumatizando, ação das mãos no pescoço com intuito de matar ou fazer asfixia, queda, luta, dentre outras possibilidades que estão sendo analisadas junto às investigações do caso.

Em depoimento à Policia Civil, o acusado com as iniciais T. M. S. B afirmou que já conhecia a vítima e teriam “ficado” em outras ocasiões. O acusado disse que estavam em uma “calourada” na UFPI e que por volta das 2h convidou a jovem para seguirem a um corredor e em seguida se dirigiram a uma das salas de aula onde praticaram sexo consensual e que após a prática sexual a vítima teria ficado desacordada por duas ocasiões, sendo a última por volta das 4h. Ele alega que permaneceu ao lado do corpo da vítima durante toda a madrugada e solicitou socorro à segurança da Universidade por volta das 9h, que conduziu a vítima ao Hospital da Primavera, onde foi constatado o óbito.

A Polícia Civil solicitou a prisão preventiva do acusado, que encontra-se neste momento em audiência de custódia. Segundo o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa – DHPP, foram adotadas todas as providências necessárias para o fiel esclarecimento do caso, com a realização de entrevistas e a realização de exames periciais, além de perícia no local do crime. O inquérito policial será concluído em até dez dias. (Catraca Livre)

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