Em Eldorado do Sul, região metropolitana de Porto Alegre, Helena da Silva, de 19 anos, deu à luz no sofá de casa, após a bolsa romper antes do esperado. A jovem que estava de 38 semanas de gestação, e que já estava com a cesariana marcada para a próxima semana, terça-feira(21), foi surpreendida no final da noite de sexta-feira (17). A gestante recebeu atendimento de bombeiros que atuam na região de maneira voluntária.
A solicitação de atendimento com o Batalhão dos Bombeiros Voluntários do Parque Eldorado, foi feita pela mãe da gestante, a diarista Rosa Helena da Silva, de 36 anos. Após chegar em casa, ela teria encontrado a filha com fortes dores e com uma quantidade de líquido amniótico espalhado pela residência. Após constatar a perda de líquido e observar que já era possível sentir os pezinhos do bebê, Rosa Helena optou por não ir até o hospital, com medo que acontecesse algo no caminho.
O local onde a família mora, fica a cerca de 40 km do centro da cidade. Os bombeiros que ajudaram no parto chegaram antes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
De acordo com o socorrista e condutor, Giovani de Ávila Martim, o dia foi considerado atípico, devido as ambulâncias estarem distantes do local, e o transporte para o atendimento ter sido feito por um caminhão. Após a realização do parto, os voluntários aguardaram a chegada da Samu.
Em seguida, mãe e filha foram encaminhadas para o Hospital Fêmina, na Capital, que seguiam internadas até a manhã de hoje, sábado (18). A recém-nascida, que recebeu o nome de Vitória, devido aos problemas enfrentados pela mãe da menina, durante o tempo gestacional, nasceu com cerca de 2,5kg. Mãe e filha passam bem.
Grupo de atendimento
O grupo que ajudou no atendimento é formado há nove anos e constituído por 48 voluntários. Além de Martim, participaram do atendimento Bruno Soares Batista, Bruno Behgen e Aline de Lemos. Eles informam que a recém nascida, além de estar virada no momento do parto, ela tinha o cordão umbilical enrolado no pescoço.
O socorrista Giovanni, manifesta a felicidade no atendimento, de forma que a maioria dos chamados são para acidentes ou mortes. O nascimento de Vitória é o sexto parto realizado pelo grupo.
Segundo a Rosa Helena, avó da recém-nascida, ela teria anotado os nomes dos voluntários e espera a visita deles, após o retorno para casa de mãe e filha.



