Telegram poderá ser suspenso no Brasil se não colaborar
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Foto: Freepik

Telegram poderá ser suspenso no Brasil se não colaborar

O ultimato ao Telegram ocorreu na véspera de uma data preocupante para os incentivadores de ataques em escolas.

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O governo Lula está liderando uma força-tarefa para lidar com a onda de ataques violentos em escolas e, nesta quarta-feira (19), a Justiça Federal do Espírito Santo determinou que o aplicativo Telegram entregasse dados de grupos e indivíduos suspeitos de planejarem ou incentivarem atos violentos em instituições de ensino. A Polícia Federal solicitou essas informações, alegando que a empresa está se recusando a fornecê-las. Caso o Telegram não cumpra a decisão, o aplicativo poderá ser suspenso no Brasil. A PF busca identificar grupos, muitos deles neonazistas, que estariam utilizando o aplicativo para incentivar crianças a participarem de atos violentos nas escolas.

O ultimato ao Telegram ocorreu na véspera de uma data preocupante para os incentivadores de ataques em escolas: 20 de abril. Este dia representa não apenas o aniversário de Adolf Hitler, o líder nazista alemão cultuado em muitos dos grupos que incentivam esses ataques, mas também o massacre de Columbine, nos EUA, que há 24 anos foi o primeiro ataque a escolas no mundo a ganhar uma ampla proporção midiática. Como resultado, muitas escolas cancelaram aulas e muitos pais não levaram seus filhos para a escola nesta quinta-feira (20).

O ministro da Justiça, Flávio Dino, anunciou o desencadeamento da “Operação Escola Segura” em cinco estados para prevenir ataques às escolas. As polícias civis estão trabalhando em rede com o Ministério da Justiça para garantir a eficácia nas ações preventivas e repressivas. Por conta do crescente número de ataques e ameaças em razão da data, muitas escolas estão tomando precauções para garantir a segurança de seus alunos.

Em uma reunião com o presidente Lula, representantes do judiciário e dos governos estaduais e municipais, o ministro Flávio Dino apresentou dados da operação Escola Segura, que já resultou na prisão ou apreensão de 255 adultos e adolescentes nos últimos 10 dias. Dino recebeu uma comitiva de Blumenau que incluía pais de crianças assassinadas no ataque que deixou 4 mortos e 5 feridos em uma creche da cidade no dia 5 de abril. A comitiva levou propostas pedindo penas mais rigorosas aos autores dos massacres. O Ministério da Justiça e Segurança Pública apresentou um relatório que apontou um aumento no número de denúncias por dia após o ataque em Blumenau, mas houve uma queda nas últimas 48 horas.

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