A Netflix anunciou que, a partir deste mês, começará a cobrar uma taxa dos usuários brasileiros que compartilham suas senhas da plataforma de streaming com outras pessoas. A medida tem o objetivo de combater as perdas financeiras causadas por essa prática. A taxa aplicada será de R$ 12,90 por mês.
Essa iniciativa foi implementada pela empresa em março de 2022 no Chile, na Costa Rica e no Peru, como uma forma de lidar com a mesma situação. Em seguida, em julho do mesmo ano, a regra foi expandida para outros países, incluindo Argentina, República Dominicana, Honduras, El Salvador e Guatemala.
No Brasil, o compartilhamento de contas ainda será permitido, desde que o titular da conta compartilhe sua senha apenas com pessoas que residam na mesma casa. Para controlar quem utiliza o login dentro da residência, a Netflix introduziu a função de “residência Netflix”. Essa funcionalidade agrupa todos os dispositivos conectados ao Wi-Fi na localização principal em que o streaming é assistido.
A cobrança extra será aplicada aos usuários que assinam os planos padrão ou premium e compartilham suas contas com terceiros. Os assinantes desses planos terão permissão para adicionar até um assinante extra no plano padrão e até dois assinantes extras no plano premium. No entanto, é importante ressaltar que assinantes do plano padrão com anúncios não poderão adicionar uma conta extra.
Os assinantes extras terão seu próprio perfil, conta e senha, separados da “residência Netflix”. Eles terão acesso à mesma qualidade de vídeo do titular da conta, poderão baixar filmes e séries em um aparelho por vez, utilizar o serviço em casa e durante viagens em outros dispositivos conectados à internet. No entanto, não será possível criar perfis adicionais para os assinantes extras.
A decisão da Netflix de cobrar pelos compartilhamentos de senhas decorre de uma perda de 200 mil assinantes reportada pela empresa entre janeiro e março de 2022. A competição acirrada no setor e a prática de senhas compartilhadas foram citadas como principais motivos para essa diminuição no número de assinantes. Estima-se que cerca de 100 milhões de usuários em todo o mundo desfrutem de senhas compartilhadas.
