Uma professora da creche municipal Elizabete Conceição Almeida Patrocínio, localizada em Vespasiano (MG), foi afastada de suas funções e está enfrentando um processo administrativo devido a uma denúncia grave. Segundo relatos, a docente teria sufocado um menino autista de 5 anos, aluno da instituição, como forma de impedi-lo de falar sobre morte.
O caso veio à tona após Fabi Souza, mãe do garoto, perceber uma mudança no comportamento do filho. Na última terça-feira (23), enquanto brincava com o pai, o menino chamado Pedro afirmou que iria “morrer” caso alguém tocasse em seu nariz. A partir desse momento, a criança não parou de mencionar a palavra “morte”.
Pedro relatou à sua mãe que a “tia da escola” havia dito que ele estava “gritando como um papagaio” e, como consequência, ela tapou sua boca e nariz com as mãos, interrompendo sua respiração.
Diante dessa grave acusação, o marido de Fabi foi até a creche na quarta-feira (24) para buscar esclarecimentos. A professora em questão teria confirmado a prática, alegando que sufocou o menino para que ele pudesse experimentar a “sensação de morte”. Segundo a docente, essa era uma estratégia para lidar com uma suposta crise em que a criança afirmava querer morrer quando não conseguia realizar alguma atividade.
Fabi expressou sua indignação em relação ao ocorrido, mencionando que seu filho, em momentos de crise, costuma se sentir culpado e manifestar o desejo de morrer. Ela afirmou estar chocada com a reação da professora, ressaltando que Pedro já teve histórico de bronquite e crises de asma, tornando a ação de obstruir a boca e o nariz dele ainda mais preocupante.
Diante dessa situação, os pais de Pedro solicitaram à Secretaria Municipal de Educação de Vespasiano a transferência do menino para outra creche. Em nota oficial, o órgão demonstrou solidariedade ao aluno que possivelmente sofreu agressão e informou que a professora foi afastada de suas funções, além de estar sujeita a um processo administrativo que pode resultar em sua demissão.


