No Paraná, uma triste tragédia abalou uma família quando o menino Arthur Emanuel Bitencourt, de apenas 7 anos, faleceu após inalar calcário enquanto brincava em uma propriedade da família. O incidente aconteceu em Ipiranga, nos Campos Gerais do estado. O tio do garoto, Romaldo Bitencourt, divulgou emocionado a última foto do sobrinho, tirada minutos antes do acidente que resultou na sua morte.
O garoto chegou a ser socorrido e levado ao hospital, porém, infelizmente, não resistiu. Seu corpo foi sepultado posteriormente. A família revelou que não tinha conhecimento dos riscos associados ao manuseio de calcário.
As autoridades locais estão investigando o ocorrido, e devem ouvir depoimentos dos familiares de Arthur nos próximos dias para esclarecer as circunstâncias da tragédia.
O calcário é uma substância frequentemente utilizada em atividades rurais para aumentar a produtividade e fornecer nutrientes às plantações. Existem diversos tipos de calcário disponíveis, porém, ainda não se sabe qual tipo o menino inalou.
Segundo o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), o calcário possui potencial cancerígeno, especialmente em casos de exposições repetidas, podendo também causar danos aos pulmões se inalado. Recomenda-se que o manuseio da substância seja realizado por adultos usando luvas de proteção, roupas que cubram todo o corpo, óculos e proteção facial.
Em situações de inalação, o IPT orienta a mover a pessoa para uma área com ar fresco e, se necessário, realizar respiração artificial ou fornecer oxigênio por meio de pessoal capacitado. É fundamental buscar assistência médica imediata nessas situações.
Vale ressaltar que a exposição prolongada à sílica cristalina, presente no calcário respirável, pode levar a sintomas como tosse, dificuldade respiratória, redução da função pulmonar e irritação nos olhos, além de ter potencial carcinogênico ocupacional. No entanto, o Sindicato das Indústrias de Calcário do Paraná informou que o calcário produzido no estado não possui base de sílica e, portanto, não apresenta potencial cancerígeno, contrariando o alerta do IPT.



