Há quase duas semanas, a tranquila vizinhança do acesso 7, na quarta unidade da Restinga, na Zona Sul de Porto Alegre, vem sendo atormentada por uma situação delicada envolvendo uma senhora colombiana de aproximadamente 60 anos, que, segundo relatos dos moradores locais, sofre de problemas psicológicos e/ou psiquiátricos.
A perturbação começou quando a mulher bateu à porta da vizinha de uma das residências locais, indagando sobre um tal de Ricardo e alegando ter ganhado a casa em um sorteio. A vizinha, demonstrando paciência e preocupação, tentou explicar que a senhora estava enganada. Contudo, a situação se agravou, e a Brigada Militar foi acionada para mediar o incidente. Na delegacia, ficou claro que a colombiana não possuía documentos que comprovassem sua suposta premiação, e ela foi orientada sobre a falta de fundamentos de suas alegações.
O que mais preocupa a comunidade local é que, desde então, a senhora continua a se posicionar diariamente em frente à casa da vizinha, independentemente das condições climáticas. Conversas com outros moradores não tiveram sucesso em fazê-la desistir de sua insistência. A situação se agrava à medida que a mulher passa as noites ao relento, despertando temores de que ela possa estar em perigo devido à sua vulnerabilidade.
A aparência da senhora, sempre bem vestida, maquiada de forma discreta, cabelos penteados e roupas limpas, sugere que ela não é uma moradora de rua comum. Moradores relatam que ela já foi levada de volta para casa de Uber em uma ocasião, o que indica que ela possui um endereço residencial. De acordo com informações fornecidas por ela mesma, antes dos eventos recentes, a colombiana trabalhava no Foro Central da cidade e morava de aluguel no bairro Chapéu do Sol, no extremo-sul da Capital.
Além de sua persistente crença de que ganhou a casa em um sorteio, a senhora também apresenta sintomas que levantam suspeitas de esquizofrenia, como conversas com ela mesma. Preocupados com a sua segurança e bem-estar, os moradores da vizinhança decidiram tomar medidas para ajudá-la.
Depois que a Brigada Militar se declarou incapaz de intervir na situação, o grupo de moradores contatou o “Ação de Rua”, uma organização local que auxilia pessoas em situação de rua e com problemas psicológicos. O “Ação de Rua” iniciou um diálogo com a senhora e obteve informações sobre seu passado e endereço atual.
Agora, a comunidade está em busca de familiares ou responsáveis que possam ajudar a mulher a receber a assistência necessária antes que ocorra uma tragédia. A suspeita de esquizofrenia e seu comportamento aparentemente delirante levam os vizinhos a acreditar que uma internação ou tratamento psiquiátrico pode ser necessário para garantir sua segurança e saúde.
Diante dessa situação complexa e preocupante, a solidariedade dos moradores locais está em evidência, enquanto eles se unem em busca de soluções para ajudar a senhora colombiana a superar seus desafios psicológicos e encontrar o apoio de que ela precisa.



