Síndrome das Pernas Inquietas: Desejo incontrolável de movimentar-se
Pesquisar
Foto: Imagem Ilustrativa / Freepik

Síndrome das Pernas Inquietas: Desejo incontrolável de movimentar-se

Distúrbio neurológico afeta milhões, mas diagnóstico correto muitas vezes é adiado

Compartilhe esta notícia:

A síndrome das pernas inquietas, um distúrbio neurológico caracterizado por uma incontrolável necessidade de movimentar as pernas, afeta um percentual significativo da população adulta. Estima-se que, em suas manifestações mais leves, atinja de 5% a 15% dos adultos, enquanto apenas cerca de 2% a 3% buscam tratamento médico para seus sintomas mais intensos. Esse problema, que se torna mais frequente com o envelhecimento e afeta principalmente mulheres, desafia a medicina devido à sua origem ainda pouco compreendida.

De acordo com o neurologista Rodrigo Meirelles Massaud, especialista em distúrbios do movimento do Hospital Israelita Albert Einstein, os pacientes que sofrem com a síndrome das pernas inquietas relatam uma sensação desconfortável nas pernas, acompanhada de um forte desejo de movimentar-se, especialmente durante momentos de inatividade ou antes de dormir. Esses sintomas incluem formigamento, câimbras, choque, aflição e até coceira.

Andrea Bacelar, diretora da Associação Brasileira do Sono, destaca que a manifestação dessa síndrome piora à noite, levando as pessoas a se movimentarem em busca de alívio. Embora também possa afetar os membros superiores, isso é menos comum. Entre as possíveis causas da síndrome, estão a deficiência de ferro, distúrbios de dopamina, problemas renais e fatores genéticos, embora ainda não se tenha identificado um único gene responsável.

O diagnóstico correto da síndrome das pernas inquietas muitas vezes é adiado, pois os sintomas podem passar despercebidos e confundidos com outros problemas de saúde. Elisabete Rodrigues de Oliveira Leal, uma comerciante que enfrentou anos de desconforto nas pernas, percorreu diversos médicos de diferentes especialidades antes de receber o diagnóstico correto. A falta de conhecimento sobre a condição por parte dos profissionais de saúde também contribui para o atraso no tratamento. O diagnóstico é feito clinicamente, com base nos sintomas relatados pelos pacientes e na exclusão de outras possíveis causas. O tratamento depende da gravidade e da causa subjacente, variando desde a reposição de ferro até o uso de medicamentos dopaminérgicos. Exercícios para aumentar a mobilidade dos membros inferiores também podem ajudar a aliviar os sintomas. Embora não seja possível prevenir a síndrome, a conscientização sobre seus sintomas e causas pode levar a diagnósticos mais precoces e tratamentos eficazes.

Com a informação Portal Brasil 247.

Leia mais

📢 Cobertura do Porto Alegre 24 Horas

Quer acompanhar as principais notícias do Brasil e do mundo em tempo real? Conecte-se ao Porto Alegre 24 Horas nas redes sociais:

📰 Siga também no Google News para receber nossos destaques direto no seu feed.