Paulo Roberto Falcão, ídolo colorado e ex-coordenador esportivo do Santos, teve seu inquérito por importunação sexual arquivado pela Justiça. A acusação era de assédio por parte da recepcionista do flat onde ele residia no litoral paulista. O Ministério Público concluiu que não houve conduta libidinosa, e a decisão foi acatada pelo sistema judiciário.
O veredicto foi proferido pelo juiz Leonardo de Mello Gonçalves, da 2ª Vara Criminal de Santos, que fundamentou sua decisão ao destacar que não se configurou “qualquer ato ilícito com intenção de satisfazer desejos sexuais”.
O Ministério Público enfatizou que a credibilidade da vítima não foi questionada. Em sua declaração, o promotor Rogério Pereira da Luz Ferreira afirmou que ela “não mentiu à polícia”, mas interpretou equivocadamente o incidente, o que não caracteriza um crime.
A decisão surgiu após a análise das gravações das câmeras de segurança do flat pela Polícia Civil. A perícia confirmou a inexistência do delito.
“O crime em questão requer que o autor realize um contato que constitua um ato libidinoso contra a vítima, e não um simples contato físico, mesmo que inapropriado”, ressaltou o promotor em uma declaração divulgada pelo site especializado em cobertura jurídica Conjur.
Falcão foi acusado de ter encostado seu órgão genital no braço da vítima, alegando interesse em observar os monitores da recepção. Em seu depoimento, ele alegou que se aproximou para verificar se um colega do clube estava a caminho da porta, já que sairiam juntos para a sede do Santos. No mesmo dia em que ocorreu a denúncia, ele deixou seu cargo no clube.



