Ex-ajudante de Bolsonaro alega que ex-presidente tentou esconder alvos da PF no Palácio da Alvorada
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Foto: Reprodução

Ex-ajudante de Bolsonaro alega que ex-presidente tentou esconder alvos da PF no Palácio da Alvorada

Mauro Cid, preso por suspeita de falsificação de cartões de vacinas, revela tentativa de abrigar investigados para evitar prisões.

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O ex-tenente-coronel do Exército, Mauro Cid, que anteriormente atuou como ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro, fez revelações surpreendentes durante sua prisão, afirmando que Bolsonaro teria tentado esconder alvos da Polícia Federal no Palácio da Alvorada após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições. As informações vieram à tona por meio de uma delação premiada de Cid, conforme reportado pelo colunista Aguirre Talento, do Uol.

Os alvos da Polícia Federal em questão são os youtubers Oswaldo Eustáquio e Bismark Fugazza, que buscaram refúgio no Paraguai quando o Superior Tribunal Federal (STF) emitiu mandados de prisão contra eles em dezembro de 2022. Enquanto Fugazza foi detido pela polícia paraguaia em março deste ano, Eustáquio conseguiu evitar a prisão ao solicitar refúgio. Cid alega que Bolsonaro teria tentado escondê-los na residência oficial na tentativa de evitar suas prisões.

O ex-ajudante de ordens também revelou que ele próprio persuadiu Bolsonaro a mudar de ideia, argumentando que abrigar os investigados poderia comprometê-lo perante o STF. Cid afirmou que o ex-presidente autorizou que um carro oficial transportasse Eustáquio para outro local, na tentativa de dificultar o rastreamento pelas autoridades. Além disso, Cid forneceu informações sobre militares radicais que promoviam a ruptura com as instituições democráticas e o funcionamento do Gabinete do Ódio, responsável por difundir ataques online contra autoridades públicas e instituições. Ele também revelou detalhes sobre um plano golpista para contestar as eleições e a emissão de falsos certificados de vacina em nome de Bolsonaro e sua filha Laura.

A defesa de Bolsonaro negou veementemente as acusações feitas por Cid, afirmando que o ex-presidente não tinha relações próximas com Eustáquio e que seria difícil esconder alguém no Palácio da Alvorada devido à presença de agentes de segurança. Eustáquio também negou que tenha pedido ajuda a Bolsonaro para se esconder na residência oficial, afirmando que, no dia em que esteve lá, conversou apenas com Cid e o ajudante de ordens Vinicius Coelho.

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