O Ministério de Minas e Energia (MME) implementou exigências mais rigorosas de eficiência energética para geladeiras e congeladores fabricados e vendidos no país. Essa medida, estabelecida pelo governo federal, recebeu críticas da Eletros, a associação que representa a indústria de eletrodomésticos, devido ao impacto nos preços e ao prazo de implementação considerado curto.
Segundo a Eletros, cerca de 83% dos refrigeradores disponíveis no mercado brasileiro não atendem aos novos padrões de eficiência, sendo produtos mais simples e acessíveis, frequentemente adquiridos por famílias de baixa renda. A implementação das novas exigências começa em 1º de janeiro, com transição completa para os novos padrões até 2028, buscando tornar os produtos, em média, 17% mais eficientes em comparação aos modelos atuais.
Apesar das melhorias, a Rede Kigali, formada por ONGs como o Idec e o iCS, destaca que, mesmo com as mudanças, os níveis de eficiência energética dos refrigeradores até 2030 ainda serão inferiores aos de diversos países africanos. A Eletros contesta a ideia de inferioridade tecnológica da indústria brasileira, argumentando que suas preocupações não foram consideradas durante a consulta pública do MME sobre o tema.
O MME, por sua vez, enfatiza que as metas estabelecidas visam trazer benefícios para a sociedade ao incentivar a produção de aparelhos mais eficientes, reduzindo assim os custos de energia, especialmente para os consumidores de baixa renda. Este movimento visa a redução de emissões de gás carbônico e uma economia de energia elétrica de 11,2 Terawatthora (TWh) até 2030.



