Os efeitos do recente temporal em Porto Alegre continuam impactando diversos serviços de saúde. Muitas unidades de saúde enfrentam restrições operacionais devido a alagamentos, destelhamentos e falta de recursos essenciais como energia elétrica, água, telefone ou internet. A Clínica da Família Diretor Pestana, por exemplo, permanece fechada devido ao destelhamento, ainda sem previsão de reabertura.
Na tarde desta quinta-feira (18), mais de cem unidades de saúde e serviços especializados fecharam as portas, com 30 delas enfrentando falta de água. Onze unidades de saúde estenderão o atendimento até as 22h, enquanto outras 24 atenderão até as 19h, incluindo diversas clínicas e hospitais da região.
Durante o dia, o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) forneceu abastecimento de água via caminhão-pipa a vários desses serviços. Já estão sendo planejados os postos que receberão água na sexta-feira (19).
As atividades da unidade móvel de saúde no bairro Anchieta foram suspensas, com nova programação a ser anunciada. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) continua operando normalmente.
No que diz respeito aos hospitais, serviços de urgência e emergência estão adotando medidas de contingência. O Hospital São Lucas da PUC foi um dos mais afetados, com destelhamento e alagamentos, resultando na inoperância temporária de leitos clínicos e de UTI. Outros hospitais como o Hospital de Pronto Socorro (HPS) e o Hospital Materno Infantil Presidente Vargas (HMIPV) resolveram complicações e não relatam prejuízos a pacientes.
Hospitais como o Vila Nova e o Santa Ana ainda enfrentam falta de energia elétrica e água. A Santa Casa, em particular, está limitada a receber pacientes cirúrgicos devido à falta de água, com esforços concentrados em um plano de contingência para casos urgentes.
O Hospital Santa Ana também apresenta restrições no atendimento, após parte do forro ceder devido à umidade, afetando a unidade de saúde mental masculina e serviços de exames ambulatoriais.



