O diretor de cinema Zeca Brito, em entrevista ao programa Raio X , apresentado por Diego Garcia falou sobre a forma que os artistas são mencionados conforme sua naturalidade e sua nacionalidade.
Mostrando descontentamento com o assunto , Brito cita que que normalmente lugares onde o mesmo é chamado aqui no estado muitas vezes ele é citado como cineasta do interior, por ser natural de Bagé.
“Quer dizer que não pode ser só os da capital para dizer que isso aqui é democrático, chama um do interior. Aí quando o tema era interior me chamavam, mas não me chamavam pra falar de cinema, e sim do interior.
Zeca afirma que a experiência se tornou interessante porque o elucidou que antes de tudo e independente do lugar onde esteja ele é um artista.
“Essas classificações de fulano é um artista de Rio Grande, fulano é um artista de Camaquã. Não , o fulano é um artista.”
O diretor lembra um ocorrido em que foi ao Paraguai no ano de 2023 , em um evento com várias delegações de países.
“As pessoas tem essa idéia que o nacionalismo tem que ser cultivado, eu acho tão feio. Se você for ver o nacionalismo quando é levado as últimas consequências gera grande catástrofes, taí o Hittler, nacionalista, só valia os alemães, deu no que deu.”
Zeca afirma que quando chega ao país sul americano o chamam somente de brasileiro e diz que gostaria mesmo de ser chamado de “artista”, sua profissão.
“Eu tenho orgulho de ser gaúcho, mas eu tenho mais orgulho de ser humano. Se ser gaúcho me torna diferente de um palestino, eu não quero ser gaúcho. Quero ser humano.” finaliza sobre o assunto.



