MST anuncia intenção de ocupar até o final do mês, mais de 50 terras
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Foto: Manuela Hernandez/MST/Divulgação

MST anuncia intenção de ocupar até o final do mês, mais de 50 terras

Até o momento, o MST já realizou 26 ocupações de terra e estabeleceu cinco novos acampamentos, abrangendo 18 estados e o Distrito Federal

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O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) está intensificando suas atividades de ocupação de terras em todo o Brasil durante o mês de abril, com o objetivo de pressionar o governo federal a acelerar a reforma agrária no país. O MST anunciou sua intenção de mais que dobrar o número de ocupações até o final do mês, ultrapassando as 50 ocupações de terra como parte da Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária.

Até o momento, o MST já realizou 26 ocupações de terra e estabeleceu cinco novos acampamentos, abrangendo 18 estados e o Distrito Federal. A última ocupação ocorreu no município de Miguel Leão, no Piauí, no último domingo (21/4).

Essas ações estão inseridas no contexto do “Abril Vermelho”, mês em que o movimento rememora o massacre de Eldorado do Carajás, ocorrido em 17 de abril de 1996, no Pará, onde 21 trabalhadores rurais foram assassinados.

Em um comunicado oficial, o MST destacou que as atividades têm como objetivo cobrar a efetivação da reforma agrária, especialmente em memória dos mártires de Eldorado do Carajás, e também celebrar os 40 anos de lutas do movimento.

Sob o mote “Ocupar para o Brasil Alimentar”, o MST está mobilizando diversas ações, incluindo marchas, protestos e ocupações de terra, em várias regiões do país. Além disso, estão sendo montados acampamentos em defesa da reforma agrária e realizadas assembleias populares e audiências públicas em diferentes estados.

Em entrevista ao Metrópoles, líderes do MST enfatizaram a necessidade de pressionar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a agilizar a recomposição orçamentária dos órgãos responsáveis pela reforma agrária e pelo desenvolvimento rural. Eles argumentam que o governo precisa aumentar os recursos destinados à reforma agrária para atender às mais de 70 mil famílias ligadas ao movimento que ainda vivem em condições precárias de acampamento.

Em paralelo às ações do MST, o presidente Lula anunciou o lançamento do programa Terra da Gente, visando ampliar e acelerar a reforma agrária no país. O programa prevê a disponibilização de áreas para assentamento de famílias de trabalhadores rurais, com o objetivo de atender até 295 mil famílias até 2026.

É importante ressaltar que o MST reafirma seu compromisso com a reforma agrária e vê o programa lançado pelo governo como uma oportunidade de ampliar as conquistas nessa área, sem desistir da luta por mais avanços e melhores condições para os trabalhadores rurais.

As ações do MST durante o Abril Vermelho refletem a persistência e a determinação do movimento em buscar soluções concretas para as demandas históricas dos trabalhadores rurais no Brasil, colocando em evidência a importância da reforma agrária para garantir justiça social e desenvolvimento rural sustentável.

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