O Porto Alegre 24 Horas conferiu o novo filme de ação e comédia sobre dublês, que sabe bem como prender os telespectadores e alcançar as expectativas impostas, mesmo que por vezes pareça uma sátira de filmes do gênero.
Em uma era onde os filmes de herói saem do seu apogeu e começam a enfrentar uma crise de identidade e resultados, é natural que Hollywood procure nos próprios corredores histórias que possam trazer mais otimismo. E como não podia diferir, as opções ficam entre reviver franquias, ou como em O Dublê, contar casos próprios.
Dirigido por David Leitch (Trem-Bala) e protagonizado por Ryan Gosling, o longa sabe exatamente onde quer chegar e como fazer tudo se encaixar perfeitamente para arrancar ótimas risadas, nos momentos certos, e boas cenas de luta. A nova comédia de ação do diretor Leitch é uma prova de como o cinema americano busca reafirmação nas tramas mais simples e escapistas.
Na trama, acompanhamos Colt Seavers (Ryan Gosling), um dublê que sofre um acidente horrível em um set de gravações e abandona tudo em seguida para viver uma vida anônima como manobrista. Porém, após ser envolvido em uma teia de crimes, ele é obrigado a voltar a ativa para descobrir a verdade e provar sua inocência.
Além de Gosling, o filme ainda traz um elenco de peso para contar sua história, como o interesse amoroso do protagonista: Emily Blunt, seus rivais: Hannah Waddingham e Aaron Taylor-Johnson e seus grandes parceiros: Winston Duke e Stephanie Hsu.
O Dublê sabe exatamente como mesclar cenas de romance com cenas de comédia, de luta, de investigação e grandes explosões (que, aliás, são acompanhadas de ótimos efeitos especiais). Além de ter uma ótima fotografia, uma boa escolha de cenários e uma excelente trilha sonora, que até nos dá, uma cena hilária de Gosling em lágrimas ouvindo Taylor Swift.
Com uma verdadeira crítica as redes sociais e suas fake news, este filme mostra (de forma exagerada), como são os bastidores de um filme e a profissão pouco valorizada dos dublês, que realmente dão a cara e o corpo inteiro a tapa por uma boa cena de ação que veremos nas telas, sem serem creditados por muitas delas. Finalizando com uma grande aparição, ao qual melhor deixarmos no mistério para não estragar a surpresa.
O Dublê, no fim, se torna uma fantasia baseada na realidade. Se despindo de elementos sobrenaturais como magia ou alienígenas, claro, mas levando a audiência para uma época onde acreditar em mentiras sinceras, como heróis humanos e romances melosos, eram o real motor de grandes aventuras.
Agora basta conferir nas telonas está divertida aventura com muita ação. O filme estreia em 2 de maio nos cinemas brasileiros.
Crítica-Rafa Gomes.



