Apesar da frequência de desastres naturais no Rio Grande do Sul, o estado enfrenta um cenário desafiador no que diz respeito ao suporte financeiro para gestão de riscos e desastres. Em um período de sete anos, apenas uma emenda parlamentar foi destinada especificamente para esse fim, ocorrendo em 2017.
O montante, proveniente do então deputado Luiz Carlos Heinze e atual senador, totalizou R$ 750 mil para “apoio a obras emergenciais de mitigação para redução de desastres”. Essa escassez de recursos destinados à prevenção e gestão de riscos reflete um padrão nacional preocupante. Nos últimos dez anos, foram repassadas somente 84 emendas desse tipo em todo o país, evidenciando a necessidade de uma maior atenção e investimento nessa área crítica.
Enquanto isso, outros estados brasileiros, como Pernambuco, Rio de Janeiro e Minas Gerais, receberam significativamente mais recursos por meio de emendas parlamentares voltadas para gestão de riscos e desastres, destacando a disparidade regional nos investimentos nessa área crucial. Em contrapartida, o Rio Grande do Sul enfrenta sua pior tragédia natural em anos, com as fortes chuvas afetando mais de 200 municípios, resultando na perda de dezenas de vidas e deixando milhares de pessoas desalojadas. A falta de investimentos preventivos em gestão de riscos e desastres torna-se ainda mais evidente diante dessa situação emergencial, ressaltando a urgência de políticas mais robustas e abrangentes para enfrentar os desafios relacionados ao gerenciamento de crises ambientais no país.



