Governo Federal apresenta proposta para resolver o entorno da Arena e situação do Olímpico
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Foto: Drone Service Brasil / DVG

Governo Federal apresenta proposta para resolver o entorno da Arena e situação do Olímpico

Os recentes acontecimentos com a Arena e as discordâncias entre o clube e a administradora, trazem de volta as discussão sobre o entorno da casa gremista

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O impasse envolvendo o estádio Olímpico depende de uma solução para as obras do entorno da Arena do Grêmio, que terão desfecho a partir da ação do Ministério Público na Justiça, que envolve a prefeitura de Porto Alegre, que precisa, junto com o governo federal, resolver a situação das famílias do bairro Farrapos para que a nova ponte do Guaíba seja concluída. Essa intrincada relação pode começar a ser resolvida a partir de uma ideia do governo federal, capitaneada pelo ministro Paulo Pimenta.

Por causa da enchente de maio, a União disponibilizou R$ 770 milhões no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para obras de macrodrenagem em Porto Alegre. Dentro das intervenções necessárias, as previstas para o entorno da Arena do Grêmio poderiam ser contempladas.

Segundo Pimenta, o governo federal poderia liberar os recursos para essas melhorias prometidas há mais de uma década. O poder público faria a obra e depois as empresas indenizariam o poder público a partir da ação do Ministério Público na Justiça.

Dentro desta proposta, com a solução do entorno da Arena, o Grêmio poderia entregar as chaves do estádio Olímpico para a Karagounis e para a OAS 26. Com isso, o terreno do bairro Azenha poderia, enfim, receber obras.

A prefeitura de Porto Alegre está cadastrando os moradores do bairro Farrapos, atingidos pela enchente. Até agora, 364 famílias do bairro já foram habilitadas a adquirirem casas em regiões mais seguras, liberando terreno para o término da construção da nova ponte do Guaíba. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) já tem previsão no seu orçamento para retomar a obra.

Uma primeira reunião já foi realizada com integrantes do Ministério Público Estadual, Defensoria Pública, Grêmio e prefeitura de Porto Alegre. Um novo encontro deve ocorrer em novembro.

O promotor de Justiça do Meio Ambiente de Porto Alegre Felipe Teixeira Neto, avalia que essa hipótese não pode ser descartada. Mas como a região dos bairros Farrapos e Humaitá necessitam de muitas melhorias, a ideia é buscar outras medidas compensatórias sejam realizadas no bairro.

O Grêmio não se diz responsável pelas obras do entorno da Arena, pois entende que as discussões na Justiça já demonstraram que o novo proprietário está livre de fazer este investimento. A troca de chaves ainda não ocorreu porque o Grêmio entregaria o estádio Olímpico sem dívidas, mas há uma alienação fiduciária como garantia do imóvel que recai sobre a Arena  enquanto houver dívida pela construção do estádio. Essa garantia foi ofertada pela OAS e a Caixa Econômica Federal precisa abordar essa situação, já que a Karagounis é controlada por um fundo de investimentos imobiliários ligado ao banco.

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