Nesta quarta-feira (2), Israel anunciou que declarou o secretário-geral da ONU, António Guterres, como “persona non grata”, impondo a ele uma proibição de entrada no país. A medida é uma reação ao que o governo israelense considera uma inadequada condenação do ataque com mísseis realizado pelo Irã contra seu território na terça-feira (1º).
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, afirmou: “Qualquer um que seja incapaz de condenar de maneira inequívoca o ataque hediondo do Irã contra Israel não merece pisar em solo israelense. Esse é um secretário-geral anti-Israel, que dá apoio a terroristas, estupradores e assassinos.”
Após o ataque iraniano, Guterres emitiu uma declaração condenando a “ampliação do conflito no Oriente Médio”, mas não fez referência direta ao lançamento de mísseis por Teerã. A designação de “persona non grata” geralmente indica que uma pessoa não é bem-vinda em um país, mas não implica necessariamente em uma proibição de entrada. No caso de Guterres, sua entrada em Israel está efetivamente banida.
Vale ressaltar que em fevereiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também foi declarado “persona non grata” por Israel, após suas comparações entre os bombardeios na Faixa de Gaza e o Holocausto, uma declaração que provocou forte indignação entre autoridades israelenses.



