No início deste mês de outubro, o Sol apresentou uma atividade solar excepcional, com duas erupções consideradas entre as mais intensas da última década. Essas explosões liberaram grandes quantidades de energia e partículas carregadas em direção à Terra. A mais forte dessas erupções foi classificada como X9.05 e resultou em interrupções temporárias nas comunicações de rádio em diversas áreas do planeta.
As partículas liberadas pelo Sol, conhecidas como ejeções de massa coronal (CME), estão agora a caminho da Terra e devem atingir o campo magnético terrestre neste final de semana. A interação dessas partículas com o campo magnético pode provocar uma tempestade geomagnética, um evento que pode causar distúrbios em sistemas de comunicação, redes de energia e até interferir na órbita de satélites.
Entre os efeitos mais visíveis dessas tempestades geomagnéticas estão as auroras boreais e austrais. Esses fenômenos de luz, normalmente restritos às regiões polares, podem ser observados em áreas de latitudes mais baixas devido à intensidade das recentes erupções solares, criando uma grande expectativa de que as luzes sejam vistas em locais menos habituais.
Os cientistas estão acompanhando de perto a situação e já emitiram alertas sobre a possibilidade de uma tempestade geomagnética de classe G3, considerada forte. Embora possa trazer inconvenientes, como falhas temporárias nos sistemas de comunicação e energia, esses eventos também oferecem uma oportunidade importante para o estudo do comportamento solar e seus impactos na Terra.



