O líder máximo da direita mundial está de volta
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Foto: Reprodução

O líder máximo da direita mundial está de volta

Quando colocado tudo isso em perspectiva, é possível que se tenha pensado que seria mais tragável um novo mandato de Trump do que arriscar piorar a situação que já não está boa

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Com uma rapidez maior do que a imaginada, o republicano Donald Trump venceu as eleições para a presidência dos Estados Unidos contra a democrata Kamala Harris. As pesquisas indicavam que o ex-presidente iria voltar à Casa Branca, mas diferente das eleições brasileiras, o pleito norte-americano pode levar dias até ser concluído. E o fato de o resultado ter sido decidido já na madrugada desta quarta-feira (6) nos dá alguns indicativos. 

Joe Biden foi pressionado a abandonar a corrida eleitoral por estar com a saúde debilitada devido a idade avançada. Assim, a sucessora foi sua vice, Kamala Harris. Porém, ao contrário do pleito de 2020, que tinha questões sanitárias por conta da pandemia influenciando o eleitor, neste ano o cenário é bem diferente. É visível quanto o norte-americano está incomodado com as questões econômicas do país, além da falta de “pulso firme” em questões envolvendo a guerra na Ucrânia e no Oriente Médio. Isto é: o cidadão está incomodado com a injeção de dinheiro dos impostos nos conflitos que estão longe de se resolver. Se Biden se mostrou um presidente fraco para lidar com essas questões, a visão do eleitor é que Kamala (que não é nenhuma Hillary Clinton) não seria muito diferente. Ou até pior. Portanto, quando colocado tudo isso em perspectiva, é possível que se tenha pensado que seria mais tragável um novo mandato de Trump do que arriscar piorar a situação que já não está boa. 

Porém, a vitória de Trump também pode nos adiantar o que está por vir para outros países do mundo, incluindo Brasil e Argentina. Sendo o novo presidente norte-americano o líder máximo da direita no mundo, sem dúvidas sua vitória representa um grande prestígio para figuras como Jair Bolsonaro, Javier Milei e até mesmo o Tenente-Coronel Zucco aqui no RS. Com a falta de lideranças de esquerda fortes nas democracias ocidentais (e a situação dos Estados Unidos prova isso), não seria surpreendente se nós víssemos o retorno de Bolsonaro e Milei nas próximas eleições – além de um fortalecimento de Zucco para uma eventual disputa ao Piratini. 

Em sua campanha, Trump destacou o discurso inflamado e polarizador. Até aqui, nenhuma novidade. Dentre suas propostas estão a retomada da política imigratória e a promessa de “a maior deportação em massa” da história dos Estados Unidos. Ele também prometeu cortes de impostos e o aumento de tarifas para produtos importados, sendo uma clara provocação à China. Trump também pediu que Israel encerre o conflito e colocou em xeque o apoio militar à Ucrânia, sendo estas medidas visando agradar o eleitorado insatisfeito com seus impostos financiando conflitos externos. O presidente eleito também afirmou que vetaria uma proibição federal ao aborto, além de também ter dito que não vai banir o acesso a medicamentos abortivos. Porém, apenas o tempo vai dizer como todas essas propostas vão ser adotadas e como todo o resto do mundo vai reagir a isso.

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