Durante uma audiência pública, a pesquisadora Isabella Matosinhos, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, destacou um preocupante aumento de quase 21% nas agressões físicas e de 24% nas ameaças contra mulheres em dias de jogos de futebol. Esses dados foram discutidos no âmbito do projeto de lei PL 4842/2023, que propõe campanhas de conscientização nos estádios para reduzir a violência de gênero.
Segundo a pesquisa, a maioria dos agressores são companheiros ou ex-companheiros, responsáveis por 80% das ameaças e 78% das lesões nesses contextos. Matosinhos ressaltou que, embora o futebol em si não seja a causa das agressões, ele pode servir como um catalisador para comportamentos agressivos, exacerbando valores de dominação masculina em um ambiente predominantemente masculino.
Daniela Grelin, do Instituto Avon, defendeu a realização de campanhas educativas nos estádios, aproveitando o grande público que acompanha o esporte. A campanha Feminicídio Zero, promovida pelo Ministério das Mulheres, já conta com a adesão de 10 times da série A, com ações que incluem faixas de conscientização e vídeos educativos.
Além disso, o projeto em discussão sugere a implementação de espaços de acolhimento para vítimas de violência nos estádios, onde mulheres possam encontrar apoio e segurança durante os eventos esportivos.
Com a informação Agência Senado.


