A Comissão de Educação (CE) do Senado Federal promoveu uma audiência pública para debater a restrição ao uso de celulares nas escolas, tema considerado prioritário por educadores, especialistas e legisladores. O encontro, realizado na última segunda-feira (18), contou com a presença de especialistas, que destacaram os riscos do uso excessivo de tecnologias por estudantes. A discussão ocorre em meio à preparação de um projeto de lei pelo Ministério da Educação (MEC) para regulamentar o uso de celulares em escolas públicas e privadas.
O senador Eduardo Girão (Novo-CE), autor do requerimento da audiência, ressaltou que o tema transcende ideologias políticas, mencionando o impacto negativo do uso inadequado de celulares na vida social e educacional de jovens. Além dele, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) enfatizou que o debate precisa envolver famílias e estados, alertando que a decisão sobre o tema deve priorizar o bem-estar dos alunos e educadores.
Especialistas como a pedagoga Débora Camargo e o psicólogo Cristiano Nabuco apontaram que o uso indiscriminado de celulares pode causar problemas como dependência tecnológica, sedentarismo e impactos na saúde mental, incluindo depressão. Enquanto alguns defendem uma proibição completa, outros sugerem o uso controlado e pedagógico, aliado à conscientização sobre a utilização responsável das tecnologias.
A diretora Camila Craveiro, de uma escola que adotou práticas restritivas voluntárias, relatou resultados positivos, como o aumento da interação social e melhorias no desempenho escolar dos alunos. O MEC reforçou que, embora a proibição total não seja o único caminho, a discussão sobre uma educação digital consciente e o uso orientado de dispositivos tecnológicos é essencial para preservar o ambiente de aprendizado.
Com a informação Agência Senado.



