Em sentença publicada nesta quinta-feira (21), o Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS) declarou que Gilvani, o Gringo, é inocente das acusações de compra de votos durante a campanha eleitoral deste ano. O juiz entendeu que as provas apresentadas contra o vereador eleito de Porto Alegre eram frágeis para sustentar a acusação.
A denúncia apontava que, na noite de 23 de setembro de 2024, em um posto de combustível na Avenida Assis Brasil, em Porto Alegre, Gringo teria usado intermediários para oferecer 10 litros de gasolina, equivalentes a R$ 61,90, em troca de votos. O episódio teria sido testemunhado por pessoas no local e divulgado nas redes sociais. Além disso, quem aceitava o benefício também recebia adesivos em seus veículos.
A defesa de Gringo afirmou que a ação foi promovida pela empresa Clikcar como parte de uma campanha promocional habitual e sem relação direta com sua candidatura. Na análise do caso, o juiz considerou insuficientes as provas apresentadas para comprovar a anuência ou participação direta do representado na suposta compra de votos. Testemunhos e registros indicaram que as ações poderiam ter sido iniciativa independente do proprietário da Clikcar, entusiasta da candidatura. Além disso, foi ressaltado o princípio do in dubio pro sufragio, garantindo a prevalência da vontade dos eleitores na ausência de evidências robustas.
Diante disso, a condenação do representado foi rejeitada. Contudo, cópias do processo foram encaminhadas à 1ª Zona Eleitoral de Porto Alegre para apuração de possíveis irregularidades na prestação de contas do autor da denúncia, que apresentava vínculo com uma testemunha central do caso.



