Conheça a Síndrome de Pica, o transtorno que afeta 10 milhões de brasileiros
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Foto: Freepik

Conheça a Síndrome de Pica, o transtorno que afeta 10 milhões de brasileiros

Dentre os principais itens consumidos pelas pessoas que sofrem da condição estão papel, sabão, pano, cabelo, barbante, lã, terra, giz, pó de talco, tinta, metal, pedras, carvão, cinzas, argila, amido e gelo

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Com o nome técnico de  “alotriofagia”, a síndrome de pica é um tipo de distúrbio alimentar caracterizado pela ingestão de uma ou mais substâncias não nutritivas e não alimentares por pelo menos um mês. O termo “pica” faz referência ao pássaro P. pica, também chamado de pega-rabuda, que é famoso por sua dieta variada e propensão a comer qualquer coisa que encontre pela frente. Dentre os principais itens consumidos pelas pessoas que sofrem da condição estão papel, sabão, pano, cabelo, barbante, lã, terra, giz, pó de talco, tinta, metal, pedras, carvão, cinzas, argila, amido e gelo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, cerca de 5% dos brasileiros, por volta de 10 milhões de pessoas, sofrem com o distúrbio. 

A síndrome de pica está associada a deficiências nutricionistas de vitaminas ou minerais, principalmente zinco e ferro. No entanto, segundo o Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), o quadro também pode estar ligado a transtornos mentais (como autismo e esquizofrenia) e déficit intelectual. Não há estatísticas sobre a prevalência no mundo, mas os casos costumam ser mais comuns em mulheres grávidas e crianças. 

Geralmente quem tem esse transtorno tende a sofrer sozinho por um bom tempo, de forma escondida, e existe um atraso muito grande para buscar ajuda, assim como relatou Manoella. No entanto, é essencial procurar ajuda médica por causa dos riscos associados ao transtorno. Outros pontos de atenção, fala, são os objetos pontiagudos que podem causar perfurações e itens mais duros que podem gerar lesão nos dentes e no esôfago.

Quem sofre com alotriofagia deve procurar psiquiatras e psicólogos. O diagnóstico é clínico e definido pela ingestão repetitiva de substâncias não alimentícias de forma repetitiva por pelo menos 30 dias. O médico normalmente solicita exames para avaliar se existe algum déficit nutricional e pode encaminhar para outras especialidades se houver complicações como obstrução intestinal.

Não existe nenhum tratamento padrão para a síndrome de pica. Os cuidados médicos serão personalizados para atender às necessidades individuais de cada paciente. Além disso, o atendimento pode envolver uma abordagem multidisciplinar com a colaboração de médicos, psicólogos e outros profissionais.

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