Bernardo Soares da Rosa, conhecido como Boladin 211, foi preso na última quarta-feira (25) sob a acusação de tentar matar sua namorada, uma adolescente de 16 anos. O crime ocorreu no bairro Chapéu do Sol, em Porto Alegre. Com apenas 20 anos, o cantor é uma promessa do funk nacional e acumula mais de 1,3 milhão de seguidores no Instagram. Recentemente, Boladin esteve entre as atrações do festival Rap in Cena, realizado em novembro na capital gaúcha.
Boladin 211 ganhou destaque na cena musical com hits como Traje do Colorado, que ultrapassou 13 milhões de visualizações no YouTube. Seu canal já acumula quase 80 milhões de visualizações, com músicas que abordam temas como ostentação, vida bandida e tráfico de drogas. O artista também mantém parcerias com nomes renomados do funk, como MC Ryan SP, com quem gravou Sempre na Simplicidade, um sucesso que soma quase 90 milhões de views.
A prisão do cantor levou ao cancelamento de shows, como o que aconteceria nesta sexta-feira (27) na Praia Brava, em Santa Catarina. Em nota, a Paradise Produtora, responsável por sua agenda, afirmou que “não tem responsabilidade com esse fato”. A trajetória de Boladin 211 tem sido marcada por polêmicas e violência: em outubro, seu produtor musical, David Beckhauser Santos Herold, foi morto a tiros durante a gravação de um videoclipe em São Paulo.
Herold, ex-soldado do Exército dos Estados Unidos, já havia sido condenado por homicídio e tráfico de drogas no Brasil, mas estava em regime aberto desde o ano passado. O produtor era uma figura importante na carreira de Boladin 211, que prestou homenagens emocionadas nas redes sociais após sua morte. Apesar do sucesso meteórico, a carreira do funkeiro agora está sob risco diante das graves acusações.
O caso de tentativa de feminicídio segue sendo investigado pelas autoridades de Porto Alegre. Enquanto isso, a prisão de Boladin 211 levanta debates sobre o impacto da violência em uma carreira musical em ascensão. Com shows cancelados e investigações em andamento, o futuro do cantor permanece incerto.



