O longa-metragem ‘Ainda Estou Aqui’, dirigido por Walter Salles e protagonizado por Fernanda Torres, tem gerado discussões nas redes sociais após a atriz conquistar o Globo de Ouro de ‘Melhor Atriz de Drama’. Uma das maiores polêmicas surgiu em torno de alegadas relações do filme com a Lei Rouanet, fato que foi prontamente desmentido pela assessoria de imprensa da produção.
Ao contrário do que foi insinuado por algumas pessoas, como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o filme não recebeu qualquer tipo de financiamento público. Todo o projeto foi produzido com recursos privados, envolvendo as produtoras VideoFilmes — de propriedade do próprio diretor Walter Salles e seu irmão, João Moreira Salles —, a RT Features (brasileira) e a MACT Productions (francesa). Entre outros parceiros que contribuíram estão a Globoplay, Conspiração Filmes e a distribuidora Sony Pictures.
A confusão ganhou fôlego após Bolsonaro publicar um vídeo na rede social X (antigo Twitter), no qual criticava a situação do transporte irregular de balsas e terminava com uma alusão indireta: “Enquanto isso, a Rouanet”. No entanto, a própria legislação federal esclarece que, desde 2007, longas-metragens de ficção como ‘Ainda Estou Aqui’ não podem se beneficiar da Lei Rouanet. O decreto vigente especifica que apenas obras cinematográficas de curta e média metragem e filmes documentais são elegíveis para apoio financeiro por meio dessa lei.
Com duração de 2 horas e 19 minutos, o filme conseguiu atrair investimentos de grandes corporações privadas, reafirmando o compromisso da equipe em manter a produção como uma obra essencialmente independente.



