A Suprema Corte dos Estados Unidos aprovou nesta semana uma decisão que pode levar ao banimento do TikTok no país a partir deste domingo (17). A medida endossa uma lei criada durante o governo Biden, que exige que as operações do aplicativo sejam vendidas a uma empresa americana ou que o serviço seja desativado no território.
Venda do TikTok em discussão
Com a aproximação do prazo, a ByteDance, empresa controladora do TikTok, está avaliando opções para se desfazer dos ativos nos EUA. Entre as alternativas discutidas, segundo fontes da Bloomberg, está a venda para a plataforma X, de Elon Musk, o que permitiria uma fusão entre as duas empresas. Essa opção também poderia ajudar Musk a revitalizar o X, que vem enfrentando perda de usuários e anunciantes, enquanto o TikTok segue em expansão.
Além disso, a possível fusão entre as operações do TikTok e a plataforma X poderia fortalecer a posição de Musk em atrair novos anunciantes e usuários. Dados gerados pelo TikTok também poderiam beneficiar o trabalho da empresa de inteligência artificial de Musk, a xAI.
Outro interessado em assumir os ativos do TikTok nos EUA é o Project Liberty, liderado pelo empresário Frank McCourt. O grupo apresentou uma proposta para adquirir o aplicativo e reestruturá-lo sob uma plataforma americana, priorizando a segurança digital dos usuários, conforme comunicado divulgado na última quinta-feira.
Impacto e incertezas
A decisão da Suprema Corte também rejeitou um recurso apresentado pelos donos do aplicativo chinês, que alegavam que a proibição violaria a Primeira Emenda. O TikTok, que conta com mais de 170 milhões de usuários nos EUA, enfrenta agora um momento crítico, com seu futuro no país nas mãos de possíveis compradores e das decisões políticas que devem ser tomadas nos próximos dias.
A medida poderá impactar uma geração de jovens que usa amplamente a plataforma, além de criar um precedente para regulações sobre aplicativos estrangeiros nos EUA.



