Rolande Fichberg, sobrevivente do Holocausto, participou de uma cerimônia neste domingo (26) no Palácio da Cidade, no Rio de Janeiro, para marcar os 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz. Aos 85 anos, Fichberg lembrou a perseguição sofrida por sua família durante o regime nazista, que resultou na morte de 11 milhões de pessoas, incluindo 6 milhões de judeus. Durante o evento, ela destacou a necessidade de denunciar apologias ao nazismo e combater a disseminação de ideias extremistas.
A cerimônia, promovida pela Prefeitura do Rio em parceria com a Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro (FIERJ), reuniu autoridades, sobreviventes e líderes religiosos. O evento também celebrou o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, instituído pela ONU em 2005. Auschwitz, maior símbolo do genocídio nazista, foi palco da morte de aproximadamente 1,2 milhão de pessoas, incluindo judeus e outras minorias, como ciganos, LGBTI+ e pessoas negras.
Em discurso, o secretário municipal de Cultura, Lucas Padilha, condenou qualquer forma de apologia ao nazismo e ressaltou a importância de educar sobre o significado dos símbolos nazistas. Bruno Feigelson, presidente da FIERJ, enfatizou o papel do Brasil no acolhimento de judeus perseguidos e na luta contra o nazismo durante a Segunda Guerra Mundial, destacando o compromisso com a preservação da memória.
O Cônsul-Geral da Alemanha, Jan Freigang, reafirmou a responsabilidade do país em combater o antissemitismo e preservar a memória do Holocausto para evitar que tragédias semelhantes ocorram. Durante o evento, sete velas foram acesas em homenagem às vítimas, simbolizando a luta contínua por memória, resistência e esperança.
Com a informação Agência Brasil.



