O ex-jogador Robinho, preso por estupro coletivo na Itália, solicitou à Justiça a redução de 50 dias de sua pena de nove anos de prisão após concluir um curso profissionalizante de “Eletrônica Básica, Rádio e TV”. O curso, realizado na modalidade de ensino à distância (EAD), foi concluído entre abril e setembro de 2024, enquanto Robinho cumpria pena na P2 de Tremembé, em São Paulo. A defesa argumenta que o estudo faz parte do processo de qualificação profissional do detento, conforme previsto na Lei de Execuções Penais.
O Ministério Público solicitou à direção do presídio informações sobre a fiscalização do tempo dedicado por Robinho ao curso antes de decidir se apoiará ou não a redução da pena. A estratégia de utilizar estudo e trabalho para diminuir o tempo de prisão é comum entre presidiários no Brasil. Além do curso, o ex-jogador aguarda uma vaga na Fundação Prof. Dr. Manoel Pedro Pimental (Funap), que emprega detentos em atividades laborais.
O curso realizado por Robinho é oferecido pelo Instituto Universal Brasileiro (IUB) e inclui apostilas, kit de equipamentos e materiais audiovisuais, ao custo de R$ 674,90. O conteúdo aborda desde princípios básicos da eletrônica até sistemas mais complexos. Após a conclusão do curso, Robinho passou por uma avaliação e recebeu um diploma, que agora é usado como base para o pedido de redução da pena.
Ainda não há uma decisão da Justiça sobre o pedido do ex-jogador. Caso seja aceito, a redução de 50 dias representaria um pequeno avanço no cumprimento da pena, mas ele ainda permaneceria preso por vários anos.
