Em 2032, o asteroide YR4 poderá protagonizar um evento fascinante, embora de baixo risco, ao se aproximar da Lua. A chance de que ele atinja a Terra é mínima, estimada entre 1,2% e 2,3%, mas uma nova análise revelou que a colisão com o satélite natural da Terra, embora ainda improvável, possui uma probabilidade ligeiramente maior (0,3%). Se isso ocorrer, o impacto será visível da superfície terrestre, embora não represente uma ameaça direta para o nosso planeta.
Com 55 metros de diâmetro, o asteroide YR4 viaja a uma velocidade de cerca de 48 mil km/h, o que seria suficiente para liberar uma quantidade de energia equivalente a 340 bombas de Hiroshima caso atingisse a Lua. De acordo com David Rankin, engenheiro da Universidade do Arizona, este impacto seria um espetáculo visual, sem riscos imediatos para a Terra, que poderia observar a colisão de longe.
Caso o YR4 atinja a Lua, a energia liberada pela colisão seria substancial. Para comparação, a bomba atômica lançada sobre Hiroshima tinha uma potência de 16 quilotons, ou quase mil toneladas de TNT. A Lua, no entanto, já está familiarizada com eventos dessa magnitude, tendo sofrido impactos astronômicos ao longo de sua história, o que resultou na formação de crateras e cânions enormes, como os identificados pelos cientistas.
Embora o impacto do YR4 seja um fenômeno natural interessante, os cálculos indicam que a chance de a Terra ser afetada de forma significativa é baixa. Em caso de colisão, é possível que partículas sejam ejetadas para o espaço, mas não há previsão de que isso cause um impacto perigoso na Terra. A Lua, com sua história de colisões, continuaria a ser o campo de observação ideal para esse espetáculo cósmico.
