O preço dos ovos segue em alta e pode alcançar novos recordes devido à baixa disponibilidade do produto no mercado interno e à demanda aquecida, informou o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) na sexta-feira (21). Além disso, a previsão de uma nova onda de calor pode intensificar essa tendência de alta nos preços.
A elevação das temperaturas, que deve atingir diversas regiões do Brasil, pode reduzir a produtividade das galinhas poedeiras, afetando tanto a quantidade quanto a qualidade dos ovos. Segundo a MetSul Meteorologia, a onda de calor tem origem em uma bolha de ar quente entre Argentina, Uruguai e Paraguai, afetando principalmente Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul.
Nas regiões Sudeste, como São Paulo e Rio de Janeiro, o calor já é intenso devido a uma onda anterior e deve continuar elevado com a chegada desse novo fenômeno.
Mesmo com uma leve desaceleração nas vendas nos últimos dias, comum para o período, a oferta restrita mantém os preços elevados. Entre 12 e 19 de fevereiro, os valores do ovo branco em Santa Maria de Jetibá (ES) subiram 1,1%, chegando a R$ 236,21 por caixa. Já o ovo vermelho teve uma alta de 5%, atingindo R$ 276,54 por caixa, ambos registrando novos recordes diários reais, conforme o levantamento do Cepea.
