Pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Diego (UCSD) conseguiram prolongar em até 82% a longevidade de células de levedura, manipulando circuitos genéticos internos que controlam o envelhecimento celular. O estudo, divulgado em 2023, representa um avanço promissor na busca por estratégias de controle e prevenção do desgaste celular.
A descoberta se baseia em pesquisas anteriores, de 2020, que revelaram que o envelhecimento não segue um único caminho: em algumas células, o processo começa com danos ao DNA, enquanto em outras, ocorre a partir de falhas nas mitocôndrias, responsáveis pela produção de energia.
Para lidar com esses dois mecanismos distintos, os cientistas desenvolveram um sistema genético inteligente, capaz de detectar sinais precoces de deterioração e ajustar preventivamente o funcionamento celular, desacelerando o processo de envelhecimento — sem a necessidade de reverter danos já existentes.
Embora o experimento tenha sido realizado com leveduras, os pesquisadores acreditam que o modelo poderá, no futuro, servir de base para tratamentos em células humanas, abrindo novas possibilidades no combate a doenças associadas ao envelhecimento.
