A Builder.ai, startup britânica conhecida por vender a promessa de automatizar o desenvolvimento de apps por meio de inteligência artificial, decretou falência após revelações de que sua operação dependia integralmente de 700 engenheiros humanos. A empresa, avaliada em US$ 1,5 bilhão, era financiada por gigantes como a Microsoft, que também foi enganada pela ilusão tecnológica.
Apresentada como um sistema capaz de programar aplicativos de forma automática, a ferramenta “Natasha” ocultava que os códigos eram criados por equipes manuais. As investigações revelaram também manipulações contábeis e parcerias fictícias para inflar relatórios financeiros, causando forte impacto na credibilidade da empresa.
A saída de Sachin Dev Duggal, fundador da startup, ocorreu antes do colapso. Em seguida, US$ 37 milhões foram retirados por credores, e a Builder.ai ficou sem recursos suficientes para operar. A falência causou a demissão de cerca de mil funcionários e a interrupção de seus serviços internacionais.
A fraude escancarou os perigos de confiar cegamente em promessas tecnológicas. A queda da Builder.ai serve de alerta para investidores e reguladores diante da crescente presença de soluções que usam o rótulo “IA” sem comprovação de sua eficácia real.



