Em um mercado de investimentos saturado por promessas de crescimento acelerado e lucro fácil, Fabiano Zettel adota uma abordagem menos convencional: aposta em negócios nos quais acredita pessoalmente, atua como sócio ativo e participa diretamente da rotina das empresas. À frente da Moriah, seu veículo de investimentos, Zettel tem ampliado um portfólio que inclui marcas como Desinchá, Oakberry, Frutaria São Paulo, Nectar e Raoma.
A filosofia é simples, mas pouco comum: só investe naquilo que consome. “Preciso acreditar e viver o que estou apoiando”, afirma. O modelo vai além do aporte financeiro: envolve interação cotidiana com os negócios, compreensão da cultura das empresas e construção de relações próximas com os empreendedores.
O discurso humanizado é coerente com a prática. Zettel faz questão de conhecer os CEOs, suas histórias e até suas famílias, o que, segundo ele, fortalece a confiança e a parceria. A aposta é na combinação entre propósito, performance e pessoas — elementos que, acredita, são fundamentais para construir valor de forma sustentável.
Na prática, o modelo tem gerado resultados. Além de crescimento em faturamento, as empresas do portfólio da Moriah vêm ganhando relevância cultural, influenciando hábitos de consumo e ocupando espaço em mercados marcados por tendências como bem-estar, alimentação saudável e práticas sustentáveis.
A Moriah se consolidou como uma referência entre empreendedores que buscam investidores com envolvimento mais profundo, mas também como uma vitrine de um modelo de negócios que evita a distância típica entre capital e operação. “A gente vive o que investe. A gente respira isso todos os dias”, resume Zettel.
Embora a narrativa soe idealista, o impacto é mensurável. As marcas apoiadas pela Moriah têm expandido não só sua presença de mercado, mas também sua capacidade de moldar novas categorias e comportamentos. Ainda assim, o modelo depende de um elemento-chave: confiança mútua entre investidor e empreendedor.
 
								 
															


